Redes sociais, streaming de filmes e músicas, jogos online. Ter uma boa internet em casa hoje já é quase um item de ‘primeira necessidade’ para quem está sempre conectado no mundo digital. Além de contar com um bom provedor de internet, que entregue a velocidade e o pacote de dados contratados, para compartilhar o Wi-Fi também é preciso ter um roteador wireless compatível com a sua necessidade. Mas, diante de tantas opções, como saber qual o melhor roteador?
A resposta para esta pergunta varia bastante, pois depende de alguns fatores específicos. Quais são eles? É o que vamos mostrar ao longo do texto. Conhecendo o que é preciso levar em conta na hora de escolher o equipamento e as tecnologias disponíveis, você poderá decidir qual o melhor roteador para sua necessidade.
O que levar em conta para ter o melhor roteador em casa?
Como falamos, existem alguns pontos que influenciam diretamente na performance da rede Wi-Fi. Os principais são: velocidade da internet, velocidade de transmissão do roteador, tamanho do ambiente e número de dispositivos conectados. Vamos analisar cada um deles para que entenda e analise qual será o melhor roteador para sua casa.
Primeiro é preciso diferenciar velocidade da internet da velocidade de transmissão. A velocidade da internet depende diretamente de sua operadora ou provedor e do plano contratado junto a essas empresas. Portanto, se você não conta com altas taxas de velocidade disponíveis para download e upload, de nada adianta ter o melhor roteador. A lentidão e as constantes oscilações permanecerão, especialmente para os casos de jogos online ou quando há mais dispositivos conectados.
Agora, vamos focar no que diz respeito à escolha do melhor roteador. Você deve estar atento a:
Velocidade de transmissão
Essa velocidade é aquela com que os dados são transmitidos entre o roteador e os dispositivos conectados na rede Wi-Fi. É definida por padrões de conexão, sendo os mais comuns os padrões b, g e n, com velocidades entre 11 Mbps e 600 Mbps (150 Mbps por antena); e o Padrão AC, com velocidades acima de 433 Mbps.
Assim, de forma geral, quanto mais veloz for o roteador, mais rápido ele vai transmitir os dados. Para quem busca agilidade, o recomendado são roteadores com velocidade de transmissão acima dos 300 Mbps. Lembre-se que isto deve ser aliado à velocidade da internet contratada e aos outros fatores, como a capacidade dos seus dispositivos (TVs, smartphones) de suportar também essas velocidades maiores e o tipo de porta existente no seu roteador.
Há dois tipos bem diferentes, que além de preços distintos, oferecem trafegabilidade diferenciada. São eles:
- roteadores com porta Fast Ethernet: eles são usados quando o plano contratado na operadora tem velocidade nominal de até 100 Mbps. É o que funciona com a maioria dos pacotes ativos nas casas brasileiras;
- roteadores com porta Giga Ethernet: são os que aceitam a entrada de conexões com velocidade acima dos 100 Mbps, oferecendo boa trafegabilidade para quem tem planos de até 1Gbps.
É bom saber que um roteador fast pode até funcionar com um plano cuja velocidade seja superior aos 100 Mbps, mas você precisa saber que esse será o limite e tudo o que estiver acima disso será ignorado. No caso dos roteadores giga, não há esse limite (ele permitirá o uso de toda a velocidade disponível em qualquer situação, desde que ela esteja abaixo do 1 Gbps).
Número de dispositivos conectados
Outro aspecto a ser considerado é a quantidade de dispositivos que você pretende conectar na rede e os tipos de conexões que eles oferecem/aceitam. Isso porque celulares, televisões inteligentes e outros itens podem suportar redes que utilizem os padrões 2,4GHz ou 5GHz, mas nem todos dispõem dessas duas possibilidades.
Caso todos os seus aparelhos com Wi-Fi embutido só trafeguem dados pelas frequências da banda 2,4GHz, investir em um roteador dual band (2,4 e 5GHz no mesmo aparelho) não vai ajudar. A segunda rede, considerada mais robusta e menos suscetível a interferências, não será reconhecida. Entretanto, por ser um padrão mais moderno e já presente em muitos dispositivos de agora e que serão lançados no futuro, convém optar por um roteador que tenha essa segunda forma de conexão também.
Além disso, é importante estar atento à quantidade de usuários que a rede sem fio precisará comportar. Se você mora sozinho, não vai precisar ‘dividir’ o sinal do Wi-Fi com ninguém. Caso contrário, esse é um fator que deve ser considerado. Em um família de quatro pessoas, possivelmente encontraremos quatro celulares conectados na rede Wi-Fi doméstica. Agora, some isso às Smart TVs, computadores e aos tablets. Facilmente teremos mais de dez dispositivos conectados e a velocidade de transmissão cairá, sendo bem provável que haja instabilidade no sinal se o roteador escolhido não for o ideal.
Nos casos em que precisar conectar mais usuários, considere o uso de roteadores de padrão AC, desde que, claro, os dispositivos que você possui (smart TVs, smartphones, etc.) também contem com esse recurso. Essa tecnologia, além de mais velocidade – acima de 433 Mbps, sofre menos interferências por trabalhar com 2 frequências (2.4 GHz e 5 GHz), sendo que na frequência mais alta há mais canais de comunicação disponíveis, aproveitados de melhor maneira devido às capacidades aprimoradas de comunicação desse padrão mais moderno. Geralmente esses produtos também contam com tecnologia que permite focar o sinal em uma direção específica (beamforming), concentrando-o onde há um ou mais dispositivos conectados – diferente dos roteadores comuns, onde as antenas irradiam o sinal de forma igual para todos os lados.
Tamanho do ambiente
Hoje em dia queremos e precisamos estar conectados em todos os cantos das nossas casas, certo? Caso você more em uma casa grande, terá que contar com um aparelho de bom alcance para levar o sinal Wi-Fi para todos os cômodos. Isso significa que o roteador deve ser potente, para que dispositivos que estiverem longe possam “receber” o sinal emitido por ele.
Também fique atento a dois quesitos que podem influenciar o alcance do sinal: a presença de barreiras físicas como portas, espelhos, paredes e grandes móveis entre o roteador e os dispositivos; e principalmente o local de instalação do equipamento, que deve ser colocado em um local alto e centralizado.
Tecnologia Mesh
A tecnologia Mesh é a última novidade para usuários que precisam de mais alcance, velocidade e estabilidade no sinal do Wi-Fi. Se você quer mais eficiência na conexão Wi-Fi, vale a pena investir um pouco mais e contar com um sistema mesh. Sistema? Isso mesmo.
Atuando em pares (pelo menos, pois podem ser adicionados mais módulos), os aparelhos mesh se comunicam e criam um sistema de Wi-Fi inteligente, roteando os dados automaticamente. Ao formar uma única rede distribuída, os usuários podem se locomover e se conectar a qualquer um dos nós sem perda de sinal e com a garantia de estarem usufruindo o melhor sinal, frequência e velocidade disponível no momento. Isso porque o sistema analisa as diversas possibilidades de entrega do sinal, definindo sempre o melhor caminho para chegar até o usuário.
O Mesh, assim como os ACs citados acima, possuem a tecnologia (beamforming). Também operam em duas frequências, permitindo utilizar a banda de frequência mais alta (5 GHz) para aproveitar canais adicionais que são menos propensos a interferências do que em 2.4 GHz.
Depois de conhecidos os fatores que influenciam na performance do roteador e conhecer as tecnologias mais recentes, podemos citar também a questão da segurança de dados. Nesse aspecto, dê preferência para roteadores compatíveis com o protocolo de internet IPV6 (versão mais atual do Protocolo de Internet ou o conhecido IP). Esses aparelhos são prontos para as novas conexões de internet no Brasil, trazendo mais segurança, privacidade e uma melhor experiência de usuário.
Pronto, agora você já tem uma ampla gama de informações para escolher o melhor roteador. Se tiver alguma dúvida, deixe um comentário ou entre em contato.
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